Por 255 votos a 105, os deputados acataram as mudanças propostas pelo governo ao sistema que financia estudantes de cursos privados do ensino superior, profissional, técnico ou tecnológico e em programas de mestrado e doutorado. A matéria agora vai ao Senado.
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A notícia pegou muita gente de surpresa. Algumas das instituições que adotam o sistema visando ampliar a oferta de vagas em cursos de graduação garantem que o sistema de financiamento não será interrompido a aqueles estudantes já beneficiados. No Centro Universitário Franciscano (Unifra), que tem 5,6 mil alunos de graduação e 532 contratos de Fies ativos, cerca de 10%, a assessoria de comunicação afirma que se manterá vigilante ao andamento da MP e aos critérios balizadores do MEC para qualquer posicionamento sobre as alterações. Além disso, os contratos vigentes serão mantidos até o fim.
“Se, por acaso, a instituição vier a se descredenciar do programa, será feito um trabalho interno na busca de alternativas para garantir a sustentabilidade das vagas ofertadas”, informa a assessoria da Unifra.
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O anúncio das alterações gerou polêmica na página do Diário no Facebook, principalmente quanto ao fim do prazo de carência.
– Usei o Fies por 5 semestres e, quando aderi, tinham 18 meses de carência. Terminado o prazo, hoje já estou pagando cerca de R$ 220 por mês, valor bem em conta, comparado ao de uma mensalidade. Ocorre que, esse tipo de decisão se dá em função de que há muita inadimplência, cerca de 50% não paga, mesmo tendo condições de pagar. Quem sofre com a irresponsabilidade destes são os novos usuários do Fies – comentou Gabrielle Silva, de Cruz Alta.
Carina Wentz, que utilizou do financiamento quando não havia prazo de carência, relatou a dificuldade na sua situação.
– Eu sou da época que me formei num mês e no seguinte já comecei a pagar as parcelas. Foi terrível! Uma pena voltarem com isso! Grande maioria demora para começar a trabalhar depois de formados – afirma.